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Postagens

Desapego

Como é difícil desapegar! E a ideia inicial era manter o blog interligado ao instagram e a uma página do facebook... Mas o tempo minguado me fez deixar o texto de lado. Me fixei na imagem com a promessa pra mim mesma de que em algum momento levaria a sério minha intenção de deixar tudo interligado. Mas, esse espaço é só uma diversão e quando a gente se compromete a levar a sério um passatempo, ele perde a graça. Estou quase um ano sem postar aqui e a ideia inicial já está obsoleta. Então, chegou a hora de desapegar. Fico feliz com o alcance das palavras, recebi mensagens de tanta gente querida e de tanta gente que nunca vi! Foi bom e não acabou! Mas, sendo bem pragmática, dificilmente postarei por aqui de novo. O hobby diversão continua no instagram do mesmo jeito que fazia no blog... postagens esporádicas que de alguma maneira possam  incentivar cozinhar mais. Agora, é hora de dar tchau! Tchau! https://www.instagram.com/adonadopardieiro/
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Nova tentativa: marmitas.

Levar a marmita de casa tem vantagens e desvantagens. Do lado positivo contam o custo, a procedência e o controle do que se come. Mas, preparar marmitas é chato, pois exige um planejamento prévio e tempo extra para executar, a comida é fria (especialmente se não existe opção de onde esquentar) e muitas marmitas deixam cheiro na comida. Ainda assim, vou tentar de novo! Já usei alguns modelos de marmita e por conta do cheiro que ficam nelas ou do cheiro que passam para a comida, desisti. Agora, vou tentar usar marmitas descartáveis, embora a ideia seja reutilizá-las enquanto durarem. Outra situação que desanima: não tenho onde esquentá-la, então a ideia é preparar pratos que sejam deliciosos frios ou mornos e pra isso, conto com a ajuda da bolsa térmica! A primeira tentativa foi arroz branco com ervilhas e cenoura ralada, purê de abóboras e linguiça de frango. A receita não tem mistério: refoguei as ervilhas e a cenoura ralada com um pouco de margarina e acrescentei arro

Os dias não são iguais.

Enquanto uma delas esteve a mais de oitocentos quilômetros de distância as gatinhas apareceram bagunçando a casa, mexendo com o ânimo de todos nós. Ele disse não com veemência, a outra acolheu e escolheu nomes, o cão se resignou em ter que dividir sua atenção com as intrusas. A cadela curiosa espichou o olho e o faro para dentro de casa esperando a oportunidade de fazer amizade com as visitas. A gata caçula da casa se enfureceu e buscou abrigo no jardim onde batia um solzinho, além de rosnar e eriçar os pelos dispensou seu cantinho predileto, a cama daquela que viajou. A outra gata fez que não se importou, mas enquanto durou a hospedagem evitou qualquer tipo de contato comigo, estava de mal. Duas semanas se passaram e num sábado a gatinha branca de manchas pretas partiu para seu novo lar. No domingo foi a vez da gatinha cinza ir embora com sua dona definitiva e a tensão entre os bichos se dissolveu! Pronto! Portas e janelas puderam ser abertas sem o cuidado daqueles dias em que ga

"Não se apressa a arte!"

Não, esse não foi meu almoço, mas bem que poderia ter sido... de novo! Afinal, um domingo assim, frio e chuvoso como o de hoje pede um prato substancioso e quente, desses que a gente encara sem nenhum constrangimento! Fazia muitos anos que não preparava um panelão de dobradinha. Dá trabalho e não é um prato que todo mundo gosta. Da última vez as crianças não gostaram. Mas elas cresceram e dessa vez foi só alegria! Sendo assim, poderei repetir desta fina iguaria por muito mais vezes!!! Resista ao preconceito. Dobradinha é um prato delicioso! Comida boa para reunir os amigos, comer sem pressa e "apreciar a arte da boa mesa"... onde eu ouvi isso? Não lembro, mas essa foi a melhor dobradinha que preparei e fiquei me perguntando se isso se devia à maturidade... Sabe, as melhores dobradinhas que provei foram feitas por mulheres mais velhas, que carregam panelas quentes e pesadas até a mesa, dominam temperos e colheres diferentes ao mesmo tempo em bocas de fogão acesas cada

Empanado & Desempanado

Queria comer mais peixes, embora eu até esteja comendo um pouco mais nos últimos anos. É bom morar num bairro onde se pode escolher onde vai comprar o peixe. É bom que nem sempre ele esteja congelado. E o cheiro do peixe fresco também é muito bom! Mas, trazer o peixe pra dentro da cozinha... aí, já são outros quinhentos! Dependendo do modo de preparo, o cheiro vai dominar a casa inteira e isso não é bom. Tem espinha, tem cheiro forte, não é barato, não rende muito e são tantos isso e aquilo que a gente acaba desistindo. Quer dizer, eu. Porque de você não sei. Você come peixe? Se minha memória não estiver fantasiosa, lembro que minha mãe tinha o hábito de preparar peixe no sábado e frango no domingo. Lembro do peixe cozido, do coentro e do quanto eu gostava de comer os olhos... pô, eu era criança, dê um desconto! Lembro também do arroz com peixe na merenda servida na escola. Eu gostava! Mas depois que minha mãe se foi e minha madrasta passou a pilotar o fogão, os dias em qu

Pudim de milho

Coisa divertida de se fazer na rede é imaginar uma receita e "dar um google" pra ver se ela existe. Às vezes a busca é ligeira, mas noutras é preciso refinar até achar do jeitinho que idealizei. Se não encontro, resolvo rápido, mudo a receita e faço do jeito que quero. Veja bem, não há nenhuma presunção neste ato. Eu não sou da área, não domino o mundo gastronômico, não quero ser chef e estou bem distante de ser uma cozinheira de forno e fogão. Sou curiosa e uma tremenda fuxiqueira e gosto de aproveitar os ingredientes que tenho à mão para arriscar numas receitas que de vez em quando dão certo. Foi assim com o pudim de milho, ou melhor, não precisei arriscar nenhuma invenção. Eu tinha uma lata de leite condensado, uma lata de milho e uma imensa vontade de ter uma sobremesa pra depois do almoço. Dei um google e dezenas de receitas surgiram na tela e eu não entendi como pude ter passado tanto tempo dessa vida sem nunca ter provado esse doce... Sei de nada. Mas se v

Ao mal amado com carinho.

Reza a lenda que existe apenas uma única razão para uma pessoa em sã consciência gostar de bife de fígado: a memória afetiva! Essa danadinha costuma dar o ar da graça em situações inusitadas, mas através da comida ela aparece lépida e fagueira nos remetendo a um tempo onde a vida era só brincadeira. Você vai lembrar da sua mãe e de todos àqueles que te cuidavam. Vai ouvir seu nome sendo chamado incessantemente enquanto você terminava uma parte importantíssima da trama que seus bonecos estavam encenando. Vai lembrar do jato forte da torneira da pia e que mesmo molhando todo o chão do banheiro pra lavar as mãos você, ainda assim, conseguia a proeza de deixar a toalha encardida e o sabonete todo enlameado. E finalmente, vai lembrar da careta que fazia quando sua mãe anunciava que o almoço era fígado. Não adiantava chiar. Ela ía enumerar todas as propriedades do fígado e terminar com um sermão de que você deveria dar graças a Deus pelo prato de comida que tinha na mesa. E sem choro nem