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Mostrando postagens de 2015

Aos desafetos.

Este post é dedicado aos que passam por aqui, mas fingem que não leram, que torcem a cara para a mixuruquice das minhas receitas, que me julgam tola pelas pequenas coisas que me divertem, mas que, ainda assim, insistem em me visitar. Eu poderia simplesmente mandá-los às favas e plantar batatas, mas adoro favas e quero ficar com as batatas do prêmio de Machado de Assis... Com elas farei toda sorte de simples iguarias e lamberei os beiços com satisfação e alegria. Delas, aproveitarei tudo, até as cascas! E já que você veio, não saia assim, de fininho, vestindo tão somente a carapuça. Leve também a receita, prove e seja feliz! Farofa de casca de batata: 1 punhado generoso de casca de batatas descascadas bem fininhas e picadas 1 dente de alho picado óleo para fritar as cascas  sal 2 xícaras de farinha de mandioca Frite as cascas em óleo quente até que fiquem douradas. Acrescente o alho, a farinha e o sal.  Mexa a farofa até ficar moreninha. Pronto! Farofi

O feijão nosso de todo dia.

Gonzaguinha disse e as Frenéticas fizeram coro de que dez entre dez brasileiros preferem feijão. Mas eu penei um bocado aqui em casa pra que as minhas filhas fizessem parte desse bloco, até que elas passassem dos cinco anos gastei muitas peneiras amassando o caroço e muito blá blá blá pra convencer a importância daquela dupla dinâmica no prato. Eu mesma não sou assim tão fã. Entre ele e o arroz, fico com o segundo. Mas, numa casa brazuca que se preza, o feijão não pode faltar. Facilita bastante pensar num cardápio que comece com arroz e feijão pra aguentar a maratona de tarefas que a maioria de nós precisa cumprir todo dia. E assim, na insistência e com muita paciência convenci as pirralhas que elas tinham que comer e pronto e quando no limite do meu padecimento nesse estranho paraíso, repeti tanto que virou bordão a singela frase: aqui em casa não é restaurante pra escolher o prato, come-se o prato do dia. Simples assim. Sem dúvida, quando se pensa num alimento nutritivo, o

Comida de acampamento - parte 2: carne moída

O céu de outono é sempre o mais bonito a qualquer hora do dia. E assim, parada no meio do quintal, eu tenho a visão ampla e privilegiada de um enorme céu azul sobre minha cabeça. De um lado, a casa que vai sendo transformada lentamente, tanto pela quantidade de coisas que precisam ser feitas, tanto pela morosidade e falta de compromisso daqueles que se intitulam "profissionais". Do outro lado, a edícula mínima onde vivemos nestes últimos seis meses. Sim, já se passaram seis meses... O céu, azul claro ou escuro, cinza ou todo branquinho, me conforta.  Eu tinha preguiça de iniciar a reforma da casa, pois sabia que o tempo seria muito maior do que o previsto, mas me preparei para viver de forma mínima durante o tempo que fosse necessário. E assim tem sido. Não sei se minha família estava preparada para isso, não sei que expectativas criaram, mas tento fazer com que este tempo, tão difícil na vida da gente, seja aproveitado da melhor maneira possível. Esse momento ficará par

Bolo Bolado

Eu gosto dessa onda de fábrica de bolos caseiros. Tem cada um mais gostoso que o outro e não tem mesmo aquele gosto de bolo feito em padaria ou supermercado. Também passa longe do sabor do bolinho industrializado. Já provei vários e gostei de todos. Mas, será que a vida anda assim tão apressada que nem dá tempo de bater um bolo?! Eu mesma não tenho feito muitos ultimamente. Depois que me "mudei" não tenho tido muito ânimo para cozinhar. Já reclamei aqui... cozinha apertada, sem geladeira, a despensa improvisada em caixas... chato! E entendo que, naquela correria de todo dia nem sempre é possível ter todos os ingredientes em casa. Faz parte da minha lista de compras tê-los sempre à mão, mas farinhas e fermento estragam com facilidade, sei que muita gente prefere não comprar porque sabe que vai ter que jogar fora. E assim seguimos adiante, alimentando a pressa e a preguiça, perdendo tempo com nada, com os outros. E aqueles que importam de verdade, ficam ali, de lado. A

Bem antes do inverno chegar!

Pena que ainda não dá pra comemorar a chegada do outono. Ainda está quente pra chuchu. Pior que isso, abafado pra dedéu. Mas, já tivemos um avanço: o verão acabou! Não é que eu deteste a estação mais festejada do ano... tirando o suor em bicas, as brotoejas, a pressão baixa, a tontura, a falta de ar, o horário antecipado, a cidade lotada de turistas e consequentemente de pivetes, o calor escaldante e o frenesi que toma conta das calçadas... eu até que gosto. E para ser justa, admito que minha vida costuma passar por grandes mudanças no caldeirão fervilhante do verão... Engatei um namoro de carnaval que dura até hoje, casei num janeiro quente e minhas filhas nasceram nesta época, abençoadas ( as duas!) por verões sob influência do fenômeno El Niño... Neste ano a temporada foi igualmente sufocante. Neste ano também vivi um verão marcante e que já entrou para a lista dos "inesquecíveis" da nossa família. Encalacrados no pequeno pardieiro, focados no grande objetivo de r

Por onde essa tal felicidade?!...

Desconfio que pra muita gente a felicidade anda de braços dados com a picuinha. Aquela mania que a pessoa tem de deixar um veneno entre os dentes, espetar uma farpa, alfinetar gratuitamente o que não precisa dar ponto. Pra pessoas assim, não há bem que se quis sem interesse, risada que encubra a maldade, abraço sem punhalada. É uma gente sem dó nem piedade, que compara o que não pode ser comparado, mensurado e muito menos trocado. Na picuinha não há nada nem ninguém que possa viver uma vida plena, sem necessariamente gargalhar em selfs pasteurizadas onde a alegria instantânea e fake pode ser compartilhada como prova de felicidade. E fica decretado assim, se você não está contente, não é feliz. Cacilds! Bem gelada e para todos que é pra ver se esse povo para de dar pitaco no que não foi perguntado. E olha que estou sendo generosa! A cerveja é levinha e a garrafa é linda! Ainda assim, há de aparecer alguém pra falar mal. Não me importo, bebo sozinha e levo a garrafa de brinde...

Um cordeiro para a celebrar a paz...

Ando ouvindo em tudo que é canto que dois mil e quinze promete. Promete o quê, cara pálida?! Se eu for levar em consideração esses nove primeiros dias, pra lá de frenéticos, tô ferrada! Logo no primeiríssimo dia do ano, meu carro enguiçou... tá bom, né?! Mas, já foram tantos pequenos contratempos e chatices, alguns bem mais complicados que um carro enguiçado, que nem vou me dar o trabalho de enumerá-los. Continuo acordando otimista, como meu pai me ensinou, mas jamais, jamais mesmo, Pollyanna! Vamos descascando os abacaxis diários, dormindo exaustos e, acredite, sem tocar o “dane-se” pra ninguém. Porque parece que virou prática comum mandar o outro se danar e pronto. Resolve?! Não. E se tem uma coisa que detesto nesta vida é deixar coisas pendentes, sem resolução. Não vou empurrar nada com a barriga, todas as vezes que fiz isso, me ferrei. E não vou sair por aí pendurando dane-se ao vento... Vai que ele decide soprar ao contrário... Então, o jeito é encarar a vida de frente, com algum