Eu não quero comer pelo de rato. Eu não quero mais acidulante, corante, flavorizante e todo e qualquer avanço químico que me deixe cada vez mais distante do sabor real dos alimentos, que me deixe doente. É difícil. Mais difícil ainda quando não se pretende, nem se pode mudar assim de solavanco, tão depressa. Eu não sou orgânica, integral nem glúten free. Deixa eu continuar encantada com o papel laminado e colorido dos cubos mágicos, deixa eu acreditar que existe mesmo muito amor dentro daqueles sachezinhos... me deixa comer um cachorro quente numa sexta à noite sem ficar matutando o que tem naquela salsicha. Deixa eu ceder aos apelos das meninas e comprar cupnuddles, aquele miojo que vem dentro de um copo e tem gosto de ração. Deixa eu tomar uma coca-cola gelada ou tomar uma cerveja bem vagabunda feita de milho. Deixa eu me envenenar quando quiser, que eu tenho feito cada vez menos tudo isso e não vou olhar de soslaio quem virou a chave de vez ou quem ainda nem se deu conta que àque
Crônicas culinárias,organização e pitacos. Porque a casa é o melhor lugar pra se estar.