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Mostrando postagens de junho, 2017

Empanado & Desempanado

Queria comer mais peixes, embora eu até esteja comendo um pouco mais nos últimos anos. É bom morar num bairro onde se pode escolher onde vai comprar o peixe. É bom que nem sempre ele esteja congelado. E o cheiro do peixe fresco também é muito bom! Mas, trazer o peixe pra dentro da cozinha... aí, já são outros quinhentos! Dependendo do modo de preparo, o cheiro vai dominar a casa inteira e isso não é bom. Tem espinha, tem cheiro forte, não é barato, não rende muito e são tantos isso e aquilo que a gente acaba desistindo. Quer dizer, eu. Porque de você não sei. Você come peixe? Se minha memória não estiver fantasiosa, lembro que minha mãe tinha o hábito de preparar peixe no sábado e frango no domingo. Lembro do peixe cozido, do coentro e do quanto eu gostava de comer os olhos... pô, eu era criança, dê um desconto! Lembro também do arroz com peixe na merenda servida na escola. Eu gostava! Mas depois que minha mãe se foi e minha madrasta passou a pilotar o fogão, os dias em qu

Pudim de milho

Coisa divertida de se fazer na rede é imaginar uma receita e "dar um google" pra ver se ela existe. Às vezes a busca é ligeira, mas noutras é preciso refinar até achar do jeitinho que idealizei. Se não encontro, resolvo rápido, mudo a receita e faço do jeito que quero. Veja bem, não há nenhuma presunção neste ato. Eu não sou da área, não domino o mundo gastronômico, não quero ser chef e estou bem distante de ser uma cozinheira de forno e fogão. Sou curiosa e uma tremenda fuxiqueira e gosto de aproveitar os ingredientes que tenho à mão para arriscar numas receitas que de vez em quando dão certo. Foi assim com o pudim de milho, ou melhor, não precisei arriscar nenhuma invenção. Eu tinha uma lata de leite condensado, uma lata de milho e uma imensa vontade de ter uma sobremesa pra depois do almoço. Dei um google e dezenas de receitas surgiram na tela e eu não entendi como pude ter passado tanto tempo dessa vida sem nunca ter provado esse doce... Sei de nada. Mas se v

Ao mal amado com carinho.

Reza a lenda que existe apenas uma única razão para uma pessoa em sã consciência gostar de bife de fígado: a memória afetiva! Essa danadinha costuma dar o ar da graça em situações inusitadas, mas através da comida ela aparece lépida e fagueira nos remetendo a um tempo onde a vida era só brincadeira. Você vai lembrar da sua mãe e de todos àqueles que te cuidavam. Vai ouvir seu nome sendo chamado incessantemente enquanto você terminava uma parte importantíssima da trama que seus bonecos estavam encenando. Vai lembrar do jato forte da torneira da pia e que mesmo molhando todo o chão do banheiro pra lavar as mãos você, ainda assim, conseguia a proeza de deixar a toalha encardida e o sabonete todo enlameado. E finalmente, vai lembrar da careta que fazia quando sua mãe anunciava que o almoço era fígado. Não adiantava chiar. Ela ía enumerar todas as propriedades do fígado e terminar com um sermão de que você deveria dar graças a Deus pelo prato de comida que tinha na mesa. E sem choro nem

Arroz de manjericão

Amanhã é domingo daqueles que mais gosto, com bastante tempo pra fazer nada! Sem compromisso, sem hora marcada, sem festa, sem relógio pra despertar. Livre pra gastar o tempo com o que eu quiser, pode ser uma caminhada até o Alto da Boa Vista ou outra decisão em cima da hora, poder ler mais capítulos daquele livro fazendo uma pausa pro café ou desencavar umas músicas velhas, maratonar uma série na TV, mil coisas... até cozinhar! Domingo é dia de comer coisa bem gostosa, de preferência que não dê trabalho, que seja rápida, mas especial pra merecer o título de almoço de domingo! Arroz de manjericão é assim. Tem cara de dia especial. Mas é fácil, muito fácil. O trabalho maior vai ser desfolhar o maço de manjericão e lavar as folhinhas. Depois bater todas as folhas com 1/2 xícara de azeite. Se estiver um pouco seco, acrescentar um pouco mais de azeite. Mas não precisa ser tanto quanto num molho pesto, pois o arroz pode ficar muito engordurado e particularmente não gosto de arroz &

Pra colorir: Cúrcuma e Urucum

Se você me perguntar qual o tempero do meu frango eu vou responder honestamente que não sei! O frango aceita quase tudo pra ficar gostoso! E o meu tempero varia com o meu humor ou com o que vai acompanhar aquele fraguinho nosso de sempre.  Pode ser tedioso abrir a geladeira e se deparar com batatas e frango. Lá vem mais um dia de arroz e feijão sem graça. Mudar o tempero pode fazer a diferença. Mudar dois temperos fica ainda mais legal! Tenho uma amiga que quando estava um pouco tristonha recorria ao colorido da fanta laranja, como se aquela cor vibrante pudesse sacudir o corpo e espantar o tédio. Já fiz isso também... funciona instantaneamente, mas acho que é por conta da dose cavalar de açúcar... Mas se a gente imaginar todo aquele colorido percorrendo o corpo, dá pra desejar uma maneira mais saudável de alegrar o dia e mudar o humor. A cúrcuma nasceu amarela vibrante! Onde encosta deixa rastro de cor. Seu gosto é suave e levemente picante e o perfume me remete imediatam