Já é noite de sábado e eu juro que estou tentando me concentrar... lendo textos que possam me servir de inspiração para dar início a algum projeto que nem sei o que pode ser. A cabeça fervilha e é assustador querer captar aqueles flashes que brilham como possibilidades.Visito sites, leio dissertações, procuro links e... procrastino! Tento rabiscar algo e em muitos dias já rabisquei dezenas de páginas... todas inúteis, quando precisam encorpar a forma. É chato se sentir perdido.
Flanando, pesquisando e me divertindo com as buscas, achei um e-book do Angu do Gomes: um breve relato sobre o prato oficial da noite carioca, que não li, mas fiquei muito a fim, porque eu adoro angu! Melhor ainda, achei o site do restaurante Angu do Gomes, que conta um pouquinho da história do prato e tem uma fotos, que me deixaram com muita vontade de dar um pulo até lá para apreciar pessoalmente cada uma das iguarias. Espia só: http://www.angudogomes.com.br/
Me deu vontade de comer angu! Ainda mais que está chovendo e angu cai muito bem em dias assim.
Mas, não vou fazer isso agora. Caramba, é noite de sábado e eu quero uma folga! Quem sabe amanhã?!
Se eu fizer, já sei que haverá protesto. É que ainda não consegui fazer a caçula se encantar pelo sabores mais rústicos. Vai comer, ah, isso vai... Mas, me enchendo o saco com aquela ladainha de "bota pouco" , "tô cheia" ou pior... "quase que volta"... é duro cozinhar pra criancinhas, mas eu tenho umas recompensas e elas vêm com a insistência, ou seria persistência... não, elas vêm com a minha chatiência! Nisso, eu sou craque!!!
O angu do gomes original é feito com miúdos, que gosto, mas seria violento demais para os paladares pouco requintados daqui de casa. Gosto de fazer com músculo moído. Mas outro dia, fiz esse que aqui, uma mistura de carne moída, talvez de segunda, tipo acém (não lembro mais), linguiça calabresa e bacon, temperos como alho e cebola, um pouco de azeite e sal. É que eu tinha pouca carne moída, uma noite de chuva e boa vontade pra degustar um angu. Deu certo, ficou delícia e ninguém teve piriri.
O segredo do prato é não deixar o angu empelotar, pra isso não acontecer, basta misturar o fubá aos poucos na água com sal. Só?! Só! Mas, eu gosto de temperar meu angu e pra isso uso cubos mágicos, aqueles de tabletinho ou pacotinho cheios de amor pra dar!
Também tenho outra sugestão que estou pensando seriamente em repetir amanhã: angu com costelinha de porco, couve à mineira e de quebra... jiló! Ok, não precisa ter o jiló. Eu vi sua careta! Mas, a couve fica joinha, joinha. Se eu fizer este prato, acho que vou trocar a couve pelo brócolis... grande chance de dar certo, também ficaria bom. Muito bom...
Fiquei com fome! A noite avançou e a comida acabou de chegar! Oba! Nada como uma noite de sábado pra deixar de lado as panelas.
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