Pular para o conteúdo principal

Duas bananas

Tenho falado tanto, me embrulhado tanto em pensamentos que o verbo secou. E nesses dias não houve comida capaz de ser escrita, nem descrita...

Fiz até umas coisinhas gostosas, mas a palavra ficou presa no pensamento e outras tantas se perderam no vento de tanto que eu matraquei. Mas, apesar da exaustão, tinha duas bananas aqui em casa que mereciam atenção. Elas estavam à beira da morte, faltando pouco pra parar no lixo. Era caso de urgência, precisava transformá-las, até porque banana deixou de ser sinônimo de preço barato há muito tempo!

Tenho receitas deliciosas de bolo de banana, mas com duas bananas não dá pra fazer um bolo pra família e a minha sorte era ter na geladeira uma maçã pra formar o trio. Catei na minha dezena de livros e não encontrei nada que pudesse ajudar. Também não estava com paciência pra inventar. Mas, hoje não há nada que nos escape de uma busca instantânea e em menos de um minuto eu achei o que queria!

Panelaterapia, salvou duas bananas de um triste fim e tirou uma maçã da solidão! Eu burlei a receita que pede apenas uma banana e também me recusei a descascar a maçã! Cheiro bom espalhado na casa em plena noite de terça-feira! Que alegria, ainda mais que até a metade do limão esperava na porta da geladeira pra formar a festa! 


Adoro finais felizes, especialmente quando estou envolvida.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Comida de acampamento - parte 2: carne moída

O céu de outono é sempre o mais bonito a qualquer hora do dia. E assim, parada no meio do quintal, eu tenho a visão ampla e privilegiada de um enorme céu azul sobre minha cabeça. De um lado, a casa que vai sendo transformada lentamente, tanto pela quantidade de coisas que precisam ser feitas, tanto pela morosidade e falta de compromisso daqueles que se intitulam "profissionais". Do outro lado, a edícula mínima onde vivemos nestes últimos seis meses. Sim, já se passaram seis meses... O céu, azul claro ou escuro, cinza ou todo branquinho, me conforta.  Eu tinha preguiça de iniciar a reforma da casa, pois sabia que o tempo seria muito maior do que o previsto, mas me preparei para viver de forma mínima durante o tempo que fosse necessário. E assim tem sido. Não sei se minha família estava preparada para isso, não sei que expectativas criaram, mas tento fazer com que este tempo, tão difícil na vida da gente, seja aproveitado da melhor maneira possível. Esse momento ficará par

"Não se apressa a arte!"

Não, esse não foi meu almoço, mas bem que poderia ter sido... de novo! Afinal, um domingo assim, frio e chuvoso como o de hoje pede um prato substancioso e quente, desses que a gente encara sem nenhum constrangimento! Fazia muitos anos que não preparava um panelão de dobradinha. Dá trabalho e não é um prato que todo mundo gosta. Da última vez as crianças não gostaram. Mas elas cresceram e dessa vez foi só alegria! Sendo assim, poderei repetir desta fina iguaria por muito mais vezes!!! Resista ao preconceito. Dobradinha é um prato delicioso! Comida boa para reunir os amigos, comer sem pressa e "apreciar a arte da boa mesa"... onde eu ouvi isso? Não lembro, mas essa foi a melhor dobradinha que preparei e fiquei me perguntando se isso se devia à maturidade... Sabe, as melhores dobradinhas que provei foram feitas por mulheres mais velhas, que carregam panelas quentes e pesadas até a mesa, dominam temperos e colheres diferentes ao mesmo tempo em bocas de fogão acesas cada

O segredo da pipoca doce...

Eu não sei se ninguém contou porque não sabia ou porque não quis... mas, pra fazer pipoca doce igualzinho a do pipoqueiro, você precisa ter uma panela de alumínio grossa e vinagre. Pronto falei! Adoro pipoca! Tanto, que até ganhei do meu pai uma pipoqueira profissional, dessas da carrocinha de rua! E  fico me perguntando muitas vezes, porque ainda não tenho a minha própria carrocinha. Andando pela cidade, identifico rapidamente pontos promissores para a venda de uma pipoca quentinha e crocante! Quando era pequena pedia sempre pipoca doce e salgada pro pipoqueiro. E nos tempos de faculdade me encantei pelas as pipocas gordas de bacon e provolone. Era o meu passatempo preferido na longa viagem de volta pra casa. Há alguns anos atrás, virei fã da mistura maluquete do meu querido João, que bem podia ser meu filho, de tanto que eu gosto dele. A mãe dele, minha amiga Dalessandra, também sente o mesmo pela Isis, minha caçula... e às vezes, desconfio, que essas crianças troc