Pular para o conteúdo principal

Muito bem acompanhados!

Não fiz promessa de ano novo, mas desejei algumas coisas. E a mais singela delas foi deixar a preguiça de lado pra arriscar no arroz. Aqui em casa todo mundo gosta e eu já tenho o hábito de sempre ter na despensa o parboilizado, o agulinha e o integral. Mas o arroz pode ir além do alho e cebola, muito além! O problema é sair da inércia, mesmo que seja pra fazer um arroz!

Cozinhar é um hábito que se a gente não fica de olho, repete todo santo dia o cardápio de anos! E tem tanta comida pra testar e provar!!! Mas aí, a gente inventa que não tem tempo e aquilo que a gente repete por hábito parece sempre mais rápido.

Não é nada. É som um hábito que virou preguiça.

Eu estou tentando cumprir meu desejo promessa. Mas confesso que na correria diária volta e meia me pego fazendo o mesmo feijão com arroz pra acompanhar aquele manjado picadinho de carne com legumes. Fica bom? Fica! Mas dá pra ficar melhor, porque o tempo e os ingredientes são basicamente os mesmos.

O primeiro trimestre já passou e até que fiquei satisfeita com as minhas tentativas de inovar. Foram cinco tipos diferentes e alguns deles com direito a repeteco.



O meu preferido foi o arroz maluco. Será que é o mais calórico?! Leva bacon, ovos mexidos e ervilha. Basta fritar o bacon, mexer os ovos nessa gordura, acrescentar o arroz pronto e misturar as ervilhas. Fácil de fazer e delicioso. Esse teve replay e certamente terá outros ao longo do ano.

Também fiz arroz de lentilha e nunca imaginei que bastava cozinhar a lentilha e o arroz juntos! Molezinha! Tentei fazer aquela cebola árabe pra colocar no arroz, mas deixei o ajudante (leia-se marido) cuidando da panela e ele fez o favor de queimar a cebola... abafa... outro dia eu tento de novo. 

Até o arroz integral levou um grau! Fiz o meu próprio arroz sete grãos... quer dizer... quatro grãos! É que eu não tinha os sete, então misturei uma xícara de arroz integral e uma xícara com grão de trigo, linhaça e quinoa misturadas! Além de ter ficado muito gostoso, meu kit natureba ganhou outra utilidade além de salada. 

Aliás, esse arroz também fiz de novo e dessa vez acrescentei a tal da lentilha! Observe, já são cinco grãos!!!

Mas, a grande novidade da temporada foram os risotos. Duas receitinhas supimpas que descolei no site do GNT. Risoto de abobrinha e risoto de frango, dois pratos fáceis de fazer, super saborosos e dignos de um almoço de fim de semana! Por isso, está decidido: arroz arbóreo é o novo item indispensável na despensa! Não é um arroz barato, mas vale a pena ter em casa pra salvar um almoço de domingo mais preguiçoso.

Minha lista segue, cheia de novidades e outras tantas já aprovadas aqui em casa. Como o arroz de brócolis, o de bacalhau, o de alho poró e o piamontese, que particularmente não gosto, mas as meninas adoram!

E meu desejo promessa continua... será que no próximo trimestre terei outro arroz pra contar?! Ou será que serei tomada pelo hábito preguiça de cozinhar?!

Ué, não haverá nada de mal se não rolar um arrozinho esperto. Vamos combinar que aquele arroz branquinho, recém saído do fogo, ainda é o melhor acompanhamento de todos!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Comida de acampamento - parte 2: carne moída

O céu de outono é sempre o mais bonito a qualquer hora do dia. E assim, parada no meio do quintal, eu tenho a visão ampla e privilegiada de um enorme céu azul sobre minha cabeça. De um lado, a casa que vai sendo transformada lentamente, tanto pela quantidade de coisas que precisam ser feitas, tanto pela morosidade e falta de compromisso daqueles que se intitulam "profissionais". Do outro lado, a edícula mínima onde vivemos nestes últimos seis meses. Sim, já se passaram seis meses... O céu, azul claro ou escuro, cinza ou todo branquinho, me conforta.  Eu tinha preguiça de iniciar a reforma da casa, pois sabia que o tempo seria muito maior do que o previsto, mas me preparei para viver de forma mínima durante o tempo que fosse necessário. E assim tem sido. Não sei se minha família estava preparada para isso, não sei que expectativas criaram, mas tento fazer com que este tempo, tão difícil na vida da gente, seja aproveitado da melhor maneira possível. Esse momento ficará par

"Não se apressa a arte!"

Não, esse não foi meu almoço, mas bem que poderia ter sido... de novo! Afinal, um domingo assim, frio e chuvoso como o de hoje pede um prato substancioso e quente, desses que a gente encara sem nenhum constrangimento! Fazia muitos anos que não preparava um panelão de dobradinha. Dá trabalho e não é um prato que todo mundo gosta. Da última vez as crianças não gostaram. Mas elas cresceram e dessa vez foi só alegria! Sendo assim, poderei repetir desta fina iguaria por muito mais vezes!!! Resista ao preconceito. Dobradinha é um prato delicioso! Comida boa para reunir os amigos, comer sem pressa e "apreciar a arte da boa mesa"... onde eu ouvi isso? Não lembro, mas essa foi a melhor dobradinha que preparei e fiquei me perguntando se isso se devia à maturidade... Sabe, as melhores dobradinhas que provei foram feitas por mulheres mais velhas, que carregam panelas quentes e pesadas até a mesa, dominam temperos e colheres diferentes ao mesmo tempo em bocas de fogão acesas cada

Ao mal amado com carinho.

Reza a lenda que existe apenas uma única razão para uma pessoa em sã consciência gostar de bife de fígado: a memória afetiva! Essa danadinha costuma dar o ar da graça em situações inusitadas, mas através da comida ela aparece lépida e fagueira nos remetendo a um tempo onde a vida era só brincadeira. Você vai lembrar da sua mãe e de todos àqueles que te cuidavam. Vai ouvir seu nome sendo chamado incessantemente enquanto você terminava uma parte importantíssima da trama que seus bonecos estavam encenando. Vai lembrar do jato forte da torneira da pia e que mesmo molhando todo o chão do banheiro pra lavar as mãos você, ainda assim, conseguia a proeza de deixar a toalha encardida e o sabonete todo enlameado. E finalmente, vai lembrar da careta que fazia quando sua mãe anunciava que o almoço era fígado. Não adiantava chiar. Ela ía enumerar todas as propriedades do fígado e terminar com um sermão de que você deveria dar graças a Deus pelo prato de comida que tinha na mesa. E sem choro nem